"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós." (Antoine de Saint-Exupéry)
30 maio, 2020
27 maio, 2020
24 maio, 2020
Recado do Professor Júlio
Olá!
Aos amigos e alunos
Espero que estejam todos com boa saúde, e observando os aspectos
necessários dessa época tão diferente, onde devemos manter distância, onde
temos de usar máscaras, lavar as mãos com mais frequência, e até dar banho em
alimentos!
Estou com saudades do nosso convívio, mas sabemos que é por algum
período incerto, e que chegará a hora de nos reencontrarmos.
Aprecio realizar as nossas costumeiras tarefas e prezo muito a convivência
com vocês. São dias um tanto tristes, nos falta a proximidade, né?
Estou aproveitando os dias de diversas maneiras... Estar em isolamento
pode ser bom para muitas coisas; conhecer melhor a mim mesmo, concluir
tarefas e projetos inacabados.
Sabe aquele bom conto, escrito há tempos e que poderia virar um livro?
Pois é! Estou trabalhando nele. Já encerrado o texto, agora em produção de
imagens com as fotografias que tenho tirado, também vou colocar desenhos que
eu mesmo estou elaborando.
Falando em desenhos, achei vários para terminar... Como é estranho isso,
perceber tarefas inacabadas que “gritam” para ser concluídas. O bom é que ao
achá-los, posso terminar!
Gosto muito de observar no dia a dia o sorriso de cada um, o rostinho de
vocês, seus olhares curiosos diante de algo que estejamos fazendo juntos.
Ainda aproveito os dias para fazer uma nova pós-graduação – aqueles
cursos que fazemos depois da faculdade. Escolhi um tema muito importante
para a época atual, “Ensino remoto e Educação à Distância”. Porém, e apesar de
mais essa aprendizagem em curso, o mais importante são as pessoas envolvidas
e não exatamente os meios pelos quais temos nossas aulas e encontros.
Confesso que ao elaborar atividades, fiquei preocupado... Alguns de vocês
podem não aproveitar o tempo em casa para estudar e deixar de lado livros e
apostilas.
Contudo, me alegro ao pensar na possibilidade que vocês têm de dedicar-
se, muitas vezes pelo próprio interesse e alegria de conhecer mais, e de
desenvolver assim as suas aprendizagens. Isso me conforta, me faz acreditar em
vocês.
Torço para que estejam fazendo o melhor de cada um e que possamos
todos avançar juntos, ainda que não estejamos presentes fisicamente.
Penso que um ser humano é muito mais um conjunto de ideias, valores e
sentimentos, do que propriamente apenas um organismo sujeito ao óbito.
Vivamos nossas ideias, com intensidade, das mais simples às complicadas, de
maneira que estejamos sempre presente na mente das pessoas que nos são
estimadas mesmo após finda essa existência!
Despeço-me aqui, esperando que todos tomem o máximo de cuidado com
a saúde.
Um forte abraço, virtual que seja! Muito obrigado!
Com saudade,
Prof Julio.
Aos amigos e alunos
Espero que estejam todos com boa saúde, e observando os aspectos
necessários dessa época tão diferente, onde devemos manter distância, onde
temos de usar máscaras, lavar as mãos com mais frequência, e até dar banho em
alimentos!
Estou com saudades do nosso convívio, mas sabemos que é por algum
período incerto, e que chegará a hora de nos reencontrarmos.
Aprecio realizar as nossas costumeiras tarefas e prezo muito a convivência
com vocês. São dias um tanto tristes, nos falta a proximidade, né?
Estou aproveitando os dias de diversas maneiras... Estar em isolamento
pode ser bom para muitas coisas; conhecer melhor a mim mesmo, concluir
tarefas e projetos inacabados.
Sabe aquele bom conto, escrito há tempos e que poderia virar um livro?
Pois é! Estou trabalhando nele. Já encerrado o texto, agora em produção de
imagens com as fotografias que tenho tirado, também vou colocar desenhos que
eu mesmo estou elaborando.
Falando em desenhos, achei vários para terminar... Como é estranho isso,
perceber tarefas inacabadas que “gritam” para ser concluídas. O bom é que ao
achá-los, posso terminar!
Gosto muito de observar no dia a dia o sorriso de cada um, o rostinho de
vocês, seus olhares curiosos diante de algo que estejamos fazendo juntos.
Ainda aproveito os dias para fazer uma nova pós-graduação – aqueles
cursos que fazemos depois da faculdade. Escolhi um tema muito importante
para a época atual, “Ensino remoto e Educação à Distância”. Porém, e apesar de
mais essa aprendizagem em curso, o mais importante são as pessoas envolvidas
e não exatamente os meios pelos quais temos nossas aulas e encontros.
Confesso que ao elaborar atividades, fiquei preocupado... Alguns de vocês
podem não aproveitar o tempo em casa para estudar e deixar de lado livros e
apostilas.
Contudo, me alegro ao pensar na possibilidade que vocês têm de dedicar-
se, muitas vezes pelo próprio interesse e alegria de conhecer mais, e de
desenvolver assim as suas aprendizagens. Isso me conforta, me faz acreditar em
vocês.
Torço para que estejam fazendo o melhor de cada um e que possamos
todos avançar juntos, ainda que não estejamos presentes fisicamente.
Penso que um ser humano é muito mais um conjunto de ideias, valores e
sentimentos, do que propriamente apenas um organismo sujeito ao óbito.
Vivamos nossas ideias, com intensidade, das mais simples às complicadas, de
maneira que estejamos sempre presente na mente das pessoas que nos são
estimadas mesmo após finda essa existência!
Despeço-me aqui, esperando que todos tomem o máximo de cuidado com
a saúde.
Um forte abraço, virtual que seja! Muito obrigado!
Com saudade,
Prof Julio.
23 maio, 2020
21 maio, 2020
📣Entrega das Cestas Básicas📣
Quem ainda não retirou a cesta básica e/ou atividades impressas pode comparecer na escola hoje, 21/05/2020, das 9h às 15h.
🔴ESSA CESTA NÃO É A DO FUNDO SOCIAL
Orientações:
👉🏻Levar RG do RESPONSÁVELe Certidão de nascimento ou RG do aluno.
***Atenção: caso o responsável legal pelo aluno não possa comparecer na escola para retirar a cesta básica, o mesmo poderá fazer um documento autorizando outra pessoa a fazer a rerirada.
Esse documento deve ser feito à próprio punho, contendo o nome do responsável legal, RG, nome do aluno, nome da pessoa que irá retirar a cesta básica, RG da pessoa e grau de parentesco. Esse documento deverá ser entregue na escola no momento da retirada da cesta.
👉🏻A fila será organizada do lado de fora da escola, respeitando o distanciamento de 1,5m entre as pessoas.
👉🏻Somente uma pessoa poderá entrar para pegar a cesta.
👉🏻Evite levar crianças ao local.
👉🏻Utilizar máscaras para proteção.
19 maio, 2020
📣Entrega das Cestas Básicas📣
Amanhã, 20/05/2020, quarta-feira, faremos a entrega das cestas básicas dos alunos matriculados na nossa Escola.
Cronograma de entrega:
📍10h às 11h30min - 1°s anos
📍11h30min às 13h - 2°s anos
📍13h às 14h30min - 3°s anos
📍14h30min às 16h - 4°s anos
📍16h às 17h30min - 5°s anos
🔴ESSA CESTA NÃO É A DO FUNDO SOCIAL
Orientações:
👉🏻Levar RG do RESPONSÁVELe Certidão de nascimento ou RG do aluno.
***Atenção: caso o responsável legal pelo aluno não possa comparecer na escola para retirar a cesta básica, o mesmo poderá fazer um documento autorizando outra pessoa a fazer a rerirada.
Esse documento deve ser feito à próprio punho, contendo o nome do responsável legal, RG, nome do aluno, nome da pessoa que irá retirar a cesta básica, RG da pessoa e grau de parentesco. Esse documento deverá ser entregue na escola no momento da retirada da cesta.
👉🏻A fila será organizada do lado de fora da escola, respeitando o distanciamento de 1,5m entre as pessoas.
👉🏻Somente uma pessoa poderá entrar para pegar a cesta.
👉🏻Evite levar crianças ao local.
👉🏻Seguir o cronograma de retirada para evitar aglomeração.
👉🏻Pais/responsáveis por mais de um aluno poderão retirar as cestas em apenas um horário.
👉🏻Utilizar máscaras para proteção.
Cronograma de entrega:
📍10h às 11h30min - 1°s anos
📍11h30min às 13h - 2°s anos
📍13h às 14h30min - 3°s anos
📍14h30min às 16h - 4°s anos
📍16h às 17h30min - 5°s anos
🔴ESSA CESTA NÃO É A DO FUNDO SOCIAL
Orientações:
👉🏻Levar RG do RESPONSÁVELe Certidão de nascimento ou RG do aluno.
***Atenção: caso o responsável legal pelo aluno não possa comparecer na escola para retirar a cesta básica, o mesmo poderá fazer um documento autorizando outra pessoa a fazer a rerirada.
Esse documento deve ser feito à próprio punho, contendo o nome do responsável legal, RG, nome do aluno, nome da pessoa que irá retirar a cesta básica, RG da pessoa e grau de parentesco. Esse documento deverá ser entregue na escola no momento da retirada da cesta.
👉🏻A fila será organizada do lado de fora da escola, respeitando o distanciamento de 1,5m entre as pessoas.
👉🏻Somente uma pessoa poderá entrar para pegar a cesta.
👉🏻Evite levar crianças ao local.
👉🏻Seguir o cronograma de retirada para evitar aglomeração.
👉🏻Pais/responsáveis por mais de um aluno poderão retirar as cestas em apenas um horário.
👉🏻Utilizar máscaras para proteção.
18 maio, 2020
🙋🏻♀️Olá, crianças lindas!!!😻
Todos os professores estão preparando vídeos para vocês!👩🏼🏫👨🏫
Acessem o blog da escola e se divirtam com os nossos vídeos.👨💻
Tenho certeza que vocês irão adorar!💖
Se vocês puderem, nos mandem 📲 fotos 📷 e vídeos 🎬 de vocês fazendo as atividades, contando uma história ou com um recadinho para os professores, pois estamos com muita saudade de todos!!!😘😘😘
16 maio, 2020
Atividades Impressas
📣 Atenção 📣
Os pais/responsáveis que ainda não retiraram as atividades impressas poderão comparecer na escola na segunda-feira, 18/05, das 9h às 15h para retirá-las.
Nesse mesmo dia deverão ser devolvidas na escola as atividades recebidas no dia 28/04/2020 e que já foram realizadas pelas crianças.
***Não esquecer de colocar o NOME COMPLETO (da criança) e a SÉRIE em todas as apostilas que serão devolvidas.
Orientações:
**A fila será organizada do lado de fora da escola, respeitando o distanciamento de 1,5m entre as pessoas.
**Somente uma pessoa poderá entrar na escola para retirar as atividades.
**Evite levar crianças ao local.
**Utilizar máscaras para proteção.
14 maio, 2020
11 maio, 2020
O Pequeno Príncipe - XI (Antoine de Saint-Exupéry)
XI
O segundo planeta, um vaidoso o habitava.
- Ah! Ah! Um admirador vem visitar-me! exclamou de longe o vaidoso, mal vira o
príncipe.
Porque, para os vaidosos, os outros homens são sempre admiradores.
- Bom dia, disse o principezinho. Você tem um chapéu engraçado.
- É para agradecer, exclamou o vaidoso. Para agradecer quando me aclamam.
Infelizmente não passa ninguém por aqui.
- Sim? disse o principezinho sem compreender.
- Bate as mãos uma na outra, aconselhou o vaidoso.
O principezinho bateu as mãos uma na outra. O vaidoso agradeceu modestamente,
erguendo o chapéu.
- Ah, isso é mais divertido que a visita ao rei, disse consigo mesmo o
principezinho. E recomeçou a bater as mãos uma na outra.
O vaidoso recomeçou a agradecer, tirando o chapéu.
Após cinco minutos de exercício, o principezinho cansou-se com a monotonia do
brinquedo:
- E para o chapéu cair, perguntou ele, que é preciso fazer?
Mas o vaidoso não ouviu. Os vaidosos só ouvem os elogios.
- Não é verdade que tu me admiras muito? perguntou ele ao principezinho.
- Que quer dizer admirar?
- Admirar significa reconhecer que eu sou o homem mais belo, mais rico, mais
inteligente e mais bem vestido de todo o planeta.
- Mas só há você no seu planeta!
- Da-me esse gosto. Admira-me mesmo assim!
- Eu te admiro, disse o principezinho, dando de ombros. Mas como pode isso
interessar-te?
E o principezinho foi-se embora.
As pessoas grandes são decididamente muito bizarras, ia pensando ele pela viagem
afora.
10 maio, 2020
O Pequeno Príncipe - X (Antoine de Saint-Exupéry)
X
Ele se achava na região dos asteróides 325, 326, 327, 328, 329, 330. Começou,
pois, a visitá-los,para procurar uma ocupação e se instruir.
O primeiro era habitado por um rei. O rei sentava-se, vestido de púrpura e
arminho, num trono muito simples, posto que majestoso.
Ah ! Eis um súdito, exclamou o rei ao dar com o principezinho.
E o principezinho perguntou a si mesmo:
Como pode ele reconhecer-me, se jamais me viu?
Ele não sabia que, para os reis, o mundo é muito simplificado. Todos os homens
são súditos.
- Aproxima-te, para que eu te veja melhor, disse o rei, todo orgulhoso de poder ser
rei para alguém.
O principezinho procurou com olhos onde sentar-se, mas o planeta estava todo
atravancado pelo magnífico manto de arminho. Ficou, então, de pé. Mas, como estava
cansado, bocejou.
É contra a etiqueta bocejar na frente do rei, disse o monarca. Eu o proíbo.
- Não posso evitá-lo, disse o principezinho confuso.
Fiz uma longa viagem e não dormi ainda...
Então, disse o rei, eu te ordeno que bocejes. Há anos que não vejo ninguém
bocejar! Os bocejos são uma raridade para mim. Vamos, boceja! É uma ordem!
- Isso me intimida... eu não posso mais... disse o principezinho todo vermelho.
- Hum ! Hum ! respondeu o rei. Então... então eu te ordeno ora bocejares e ora...
Ele gaguejava um pouco e parecia vexado.
Porque o rei fazia questão fechada que sua autoridade fosse respeitada. Não
tolerava desobediência. Era um monarca absoluto. Mas, como era muito bom, dava
ordens razoáveis.
"Se eu ordenasse, costumava dizer, que um general se transformasse em gaivota, e
o general não me obedecesse, a culpa não seria do general, seria minha."
- Posso sentar-me? interrogou timidamente o principezinho.
- Eu te ordeno que te sentes, respondeu-lhe o rei, que puxou majestosamente um
pedaço do manto de arminho.
Mas o principezinho se espantava. O planeta era minúsculo. Sobre quem reinaria o
rei?
- Majestade... eu vos peço perdão de ousar interrogar-vos...
- Eu-te ordeno que me interrogues, apressou-se o rei a declarar.
- Majestade... sobre quem é que reinais?
- Sobre tudo, respondeu o rei, com uma grande simplicidade.
- Sobre tudo?
O rei, com um gesto discreto, designou seu planeta, os outros, e também as
estrelas.
- Sobre tudo isso?
- Sobre tudo isso. respondeu o rei.
Pois ele não era apenas um monarca absoluto, era também um monarca universal.
- E as estrelas vos obedecem?
Sem dúvida, disse o rei. Obedecem prontamente.
Eu não tolero indisciplina.
Um tal poder maravilhou o principezinho. Se ele fosse detentor do mesmo, teria
podido assistir, não a quarenta e quatro, mas a setenta e dois, ou mesmo a cem, ou mesmo
a duzentos pores-do-sol no mesmo dia, sem precisar sequer afastar a cadeira ! E como se
sentisse um pouco triste à lembrança do seu pequeno planeta abandonado, ousou solicitar
do rei uma graça:
- Eu desejava ver um pôr-do- sol ... Fazei-me esse favor. Ordenai ao sol que se
ponha. . .
- Se eu ordenasse a meu general voar de uma flor a outra como borboleta, ou
escrever uma tragédia, ou transformar-se em gaivota, e o general não executasse a ordem
recebida, quem - ele ou eu - estaria errado?
- Vós, respondeu com firmeza o principezinho.
- Exato. É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar, replicou o rei. A
autoridade repousa sobre a razão. Se ordenares a teu povo que ele se lance ao mar, farão
todos revolução. Eu tenho o direito de exigir obediência porque minhas ordens são
razoáveis.
- E meu pôr-do-sol? lembrou o principezinho, que nunca esquecia a pergunta que
houvesse formulado.
- Teu pôr-do-sol, tu o terás. Eu o exigirei. Mas eu esperarei, na minha ciência de
governo, que as condições sejam favoráveis.
- Quando serão? indagou o principezinho.
- Hein? respondeu o rei, que consultou inicialmente um grosso calendário. Será lá
por volta de ... por volta de sete horas e quarenta, esta noite. E tu verás como sou bem
obedecido.
O principezinho bocejou. Lamentava o pôr- do-sol que perdera. E depois, já estava
se aborrecendo um pouco!
- Não tenho mais nada que fazer aqui, disse ao rei.
Vou prosseguir minha viagem.
- Não partas, respondeu o rei, que estava orgulhoso de ter um súdito. Não partas:
eu te faço ministro
- Ministro de quê?
- Da ... da justiça
- Mas não há ninguém a julgar!
- Quem sabe? disse o rei. Ainda não dei a volta no meu reino. Estou muito velho,
não tenho lugar para carruagem, e andar cansa-me muito.
- Oh! Mas eu já vi, disse o príncipe que se inclinou para dar ainda uma olhadela do
outro lado do planeta. Não consigo ver ninguém ...
- Tu julgarás a ti mesmo, respondeu-lhe o rei. É o mais difícil. É bem mais difícil
julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues julgar-te bem, eis um verdadeiro
sábio.
- Mas eu posso julgar-me a mim próprio em qualquer lugar, replicou o
principezinho. Não preciso, para isso, ficar morando aqui.
- Ah ! disse o rei, eu tenho quase certeza de que há um velho rato no meu planeta.
Eu o escuto de noite. Tu poderás julgar esse rato. Tu o condenarás à morte de vez em
quando: assim a sua vida dependerá da tua justiça.
Mas tu o perdoarás cada vez, para economizá-lo. Pois só temos um.
- Eu, respondeu o principezinho, eu não gosto de condenar à morte, e acho que vou
mesmo embora.
- Não, disse o rei.
Mas o principezinho, tendo acabado os preparativos, não quis afligir o velho
monarca:
- Se Vossa Majestade deseja ser prontamente obedecido, poderá dar-me uma
ordem razoável. Poderia ordenar-me, por exemplo, que partisse em menos de um minuto.
Parece-me que as condições são favoráveis ...
Como o rei não dissesse nada, o principezinho hesitou um pouco; depois suspirou
e partiu.
- Eu te faço meu embaixador, apressou-se o rei em gritar.
Tinha um ar de grande autoridade.
As pessoas grandes são muito esquisitas, pensava, durante a viagem o
principezinho.
09 maio, 2020
O Pequeno Príncipe - IX (Antoine de Saint-Exupéry)
IX
Creio que ele aproveitou, para evadir-se, pássaros selvagens que emigravam. Namanhã da partida, pôs o planeta em ordem. Revolveu cuidadosamente seus dois vulcões
em atividade. Pois possuía dois vulcões. E era muito cômodo para esquentar o almoço.
Possuía também um vulcão extinto. Mas, como ele dizia: "Quem é que pode garantir?"
revolveu também o extinto. Se eles são bem revolvidos, os vulcões queimam lentamente,
regularmente, sem erupções. As erupções vulcânicas são como fagulhas de lareira. Na
terra, nós somos muito pequenos para revolver os vulcões. Por isso é que nos causam
tanto dano.
O principezinho arrancou também, não sem um pouco de melancolia, os últimos
rebentos de baobá. Ele julgava nunca mais voltar. Mas todos esses trabalhos familiares
lhe pareceram, aquela manhã, extremamente doces.
E, quando regou pela última vez a flor, e se dispunha a colocá-la sob a redoma,
percebeu que estava com vontade de chorar.
- Adeus, disse ele à flor.
Mas a flor não respondeu.
- Adeus, repetiu ele.
Revolveu cuidadosamente seus dois vulcões
A flor tossiu. Mas não era por causa do resfriado.
- Eu fui uma tola, disse por fim. Peço-te perdão.
Trata de ser feliz.
A ausência de censuras o surpreendeu. Ficou parado, inteiramente sem jeito, com a
redoma no ar. Não podia compreender essa calma doçura.
- É claro que eu te amo, disse-lhe a flor. Foi por minha culpa que não soubeste de
nada. Isso não tem importância. Foste tão tolo quanto eu. Trata de ser feliz. . .
Mas pode deixar em paz a redoma. Não preciso mais dela.
- Mas o vento ...
Não estou assim tão resfriada... O ar fresco da noite me fará bem. Eu sou uma flor.
- Mas os bichos...
- É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas.
Dizem que são tão belas!
Do contrário, quem virá visitar-me? Tu estarás longe ...
Quanto aos bichos grandes, não tenho medo deles. Eu tenho as minhas garras.
E ela mostrava ingenuamente seus quatro espinhos.
Em seguida acrescentou:
- Não demores assim, que é exasperante. Tu decidiste partir. Vai-te embora!
Pois ela não queria que ele a visse chorar. Era uma flor muito orgulhosa...
08 maio, 2020
O Pequeno Príncipe - VIII (Antoine de Saint-Exupéry)
VIII
Pude bem cedo conhecer melhor aquela flor. Sempre houvera, no planeta dopequeno príncipe, flores muito simples, ornadas de uma só fileira de pétalas, e que não
ocupavam lugar nem incomodavam ninguém. Apareciam certa manhã na relva, e já à
tarde se extinguiam. Mas aquela brotara um dia de um grão trazido não se sabe de onde, e
o principezinho vigiara de perto o pequeno broto, tão diferente dos outros. Podia ser uma
nova espécie de baobá. Mas o arbusto logo parou de crescer, e começou então a preparar
uma flor. O principezinho, que assistia à instalação de um enorme botão, bem sentiu que
sairia dali uma aparição miraculosa; mas a flor não acabava mais de preparar-se, de
preparar sua beleza, no seu verde quarto.
Escolhia as cores com cuidado. Vestia-se lentamente, ajustava uma a uma suas
pétalas. Não queria sair, como os cravos, amarrotada. No radioso esplendor da sua beleza
é que ela queria aparecer. Ah ! sim. Era vaidosa. Sua misteriosa toalete, portanto, durara
dias e dias. E eis que uma bela manhã, justamente à hora do sol nascer, havia-se, afinal,
mostrado.
E ela, que se preparara com tanto esmero, disse, bocejando:
- Ah ! eu acabo de despertar. . . Desculpa... Estou ainda toda despenteada...
O principezinho, então, não pôde conter o seu espanto:
- Como és bonita!
- Não é? respondeu a flor docemente. Nasci ao mesmo tempo que o sol...
O principezinho percebeu logo que a flor não era modesta. Mas era tão comovente!
- Creio que é hora do almoço, acrescentou ela. Tu poderias cuidar de mim ...
E o principezinho, embaraçado, fora buscar um regador com água fresca, e servira
à flor.
Assim, ela o afligira logo com sua mórbida vaidade. Um dia por exemplo, falando
dos seus quatro espinhos, dissera ao pequeno príncipe:
- É que eles podem vir, os tigres, com suas garras!
- Não há tigres no meu planeta, objetara o principezinho. E depois, os tigres não
comem erva.
Não sou uma erva, respondera a flor suavemente.
Perdoa-me ...
Não tenho receio dos tigres, mas tenho horror das correntes de ar. Não terias acaso
um pára-vento?
"Horror das correntes de ar... Não é muito bom para uma planta, notara o
principezinho. é bem complicada essa flor. . . "
À noite me colocarás sob a redoma. Faz muito frio no teu planeta. Está mal
instalado.
De onde eu venho ...
Mas interrompeu-se de súbito.
Viera em forma de semente. Não pudera conhecer nada dos outros mundos.
Humilhada por se ter deixado apanhar numa mentira tão tola, tossiu duas ou três vezes,
para pôr a culpa no príncipe:
- E o pára vento?
- Ia buscá-lo. Mas tu me falavas ...
Então ela redobrara a tosse para infligir-lhe remorso.
Assim o principezinho, apesar da boa vontade do seu amor, logo duvidara dela.
Tomara a sério palavras sem importância, e se tornara infeliz.
"Não a devia ter escutado - confessou-me um dia - não se deve nunca escutar as
flores. Basta olhá-las, aspirar o perfume. A minha embalsamava o planeta, mas eu não me
contentava com isso. A tal história das garras, que tanto me agastara, me devia ter
enternecido.
Confessou-me ainda:
"Não soube compreender coisa alguma! Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas
palavras. Ela me perfumava, me iluminava ... Não devia jamais ter fugido. Deveria ter-lhe
adivinhado a ternura sob os seus pobres ardis. São tão contraditórias as flores ! Mas eu
era jovem demais para saber amar."
Entrega de novas atividades impressas e devolução das atividades já realizadas
📣 Atenção 📣
No dia 15/05/2020, sexta-feira, faremos a entrega de novas atividades impressas referente ao período de 11/05 à 29/05 a serem realizadas pelos alunos em casa.
Nesse mesmo dia os pais/ responsáveis deverão devolver as atividades que já foram realizadas pelas crianças.
Cronograma de entrega:
📍09h às 10h30min - 1°s anos
📍10h30min às 12h - 2°s anos
📍12h às 13h30min - 3°s anos
📍13h30min às 15h - 4°s anos
📍15h às 16h30min - 5°s anos
Orientações:
**A fila será organizada do lado de fora da escola, respeitando o distanciamento de 1,5m entre as pessoas.
**Somente uma pessoa poderá entrar na escola para retirar as atividades.
**Evite levar crianças ao local.
**Seguir o cronograma de retirada para evitar aglomeração.
**Pais/responsáveis por mais de um aluno poderão retirar as atividades em apenas um horário.
**Utilizar máscaras para proteção.
No dia 15/05/2020, sexta-feira, faremos a entrega de novas atividades impressas referente ao período de 11/05 à 29/05 a serem realizadas pelos alunos em casa.
Nesse mesmo dia os pais/ responsáveis deverão devolver as atividades que já foram realizadas pelas crianças.
Cronograma de entrega:
📍09h às 10h30min - 1°s anos
📍10h30min às 12h - 2°s anos
📍12h às 13h30min - 3°s anos
📍13h30min às 15h - 4°s anos
📍15h às 16h30min - 5°s anos
Orientações:
**A fila será organizada do lado de fora da escola, respeitando o distanciamento de 1,5m entre as pessoas.
**Somente uma pessoa poderá entrar na escola para retirar as atividades.
**Evite levar crianças ao local.
**Seguir o cronograma de retirada para evitar aglomeração.
**Pais/responsáveis por mais de um aluno poderão retirar as atividades em apenas um horário.
**Utilizar máscaras para proteção.
07 maio, 2020
Entrega das Atividades Impressas
📣 Atenção 📣
Hoje, 07/05, das 10h às 14h, faremos a entrega das atividades impressas referente ao período de 23/04 à 08/05 a serem realizadas pelos alunos em casa.
Senhores pais, estas atividades que estão sendo entregues hoje são as mesmas que já foram entregues no dia 28/04. Alguns pais ainda não retiraram essas atividades. No dia 15/05 entregaremos novas atividades para quem já retirou.
Hoje, 07/05, das 10h às 14h, faremos a entrega das atividades impressas referente ao período de 23/04 à 08/05 a serem realizadas pelos alunos em casa.
Senhores pais, estas atividades que estão sendo entregues hoje são as mesmas que já foram entregues no dia 28/04. Alguns pais ainda não retiraram essas atividades. No dia 15/05 entregaremos novas atividades para quem já retirou.
06 maio, 2020
04 maio, 2020
O Pequeno Príncipe - VII (Antoine de Saint-Exupéry)
VII
No quinto dia, sempre graças ao carneiro, este segredo da vida do pequenopríncipe foi de súbito revelado.
Perguntou-me, sem preâmbulo, como se fora o fruto de um problema muito tempo
meditado em silêncio:
- Um carneiro, se come arbusto, come também as flores?
Um carneiro come tudo que encontra.
Mesmo as flores que tenham espinho?
Sim. Mesmo as que têm.
Então. . . para que servem os espinhos?
Eu não sabia. Estava ocupadíssimo naquele instante, tentando desatarraxar do
motor um parafuso muito apertado. Minha pane começava a parecer demasiado grave, e
em breve já não teria água para beber. . .
- Para que servem os espinhos?
O principezinho jamais renunciava a uma pergunta, depois que a tivesse feito. Mas
eu estava irritado com o parafuso e respondi qualquer coisa:
- Espinho não serve para nada. São pura maldade das flores.
- Oh!
Mas após um silêncio, ele me disse com uma espécie de rancor:
- Não acredito! As flores são fracas. ingênuas. Defendem-se como podem. Elas se
julgam terríveis com os seus espinhos ...
Não respondi. Naquele instante eu pensava: "Se esse parafuso ainda resiste, vou
fazê-lo saltar a martelo". O principezinho perturbou-me de novo as reflexões:
- E tu pensas então que as flores ...
- Ora! Eu não penso nada. Eu respondi qualquer coisa. Eu só me ocupo com coisas
sérias
Ele olhou-me estupefato:
- Coisas sérias !
Via-me, martelo em punho, dedos sujos de graxa, curvado sobre um feio objeto.
- Tu falas como as pessoas grandes!
Senti um pouco de vergonha. Mas ele acrescentou, implacável:
- Tu confundes todas as coisas ...
Misturas tudo !
Estava realmente muito irritado. Sacudia ao vento cabelos de ouro:
- Eu conheço um planeta onde há um sujeito vermelho, quase roxo. Nunca cheirou
uma flor. Nunca olhou uma estrela.
Nunca amou ninguém. Nunca fez outra coisa senão somas. E o dia todo repete
como tu: "Eu sou um homem sério! Eu sou um homem sério!" e isso o faz inchar-se de
orgulho. Mas ele não é um homem; é um cogumelo!
- Um o quê?
- Um cogumelo!
O principezinho estava agora pálido de cólera.
- Há milhões e milhões de anos que as flores fabricam espinhos. Há milhões e
milhões de anos que os carneiros as comem, apesar de tudo. E não será sério procurar
compreender por que perdem tanto tempo fabricando espinhos inúteis? Não terá
importância a guerra dos carneiros e das flores? Não será mais importante que as contas
do tal sujeito? E se eu, por minha vez, conheço uma flor única no mundo, que só existe no
meu planeta, e que um belo dia um carneirinho pode liquidar num só golpe, sem avaliar o
que faz, - isto não tem importância?!
Corou um pouco, e continuou em seguida:
- Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de
estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla. Ele pensa: "Minha flor está lá,
nalgum lugar. . . " Mas se o carneiro come a flor, é para ele, bruscamente, como se todas
as estrelas se apagassem! E isto não tem importância!
Não pôde dizer mais nada. Pôs-se bruscamente a soluçar. A noite caíra. Larguei as
ferramentas. Ria-me do martelo, do parafuso, da sede e da morte. Havia numa estrela,
num planeta, o meu, a Terra, um principezinho a consolar! Tomei-o nos braços. Embalei-o.
E lhe dizia: "A flor que tu amas não está em perigo... Vou desenhar uma pequena
mordaça para o carneiro... Uma armadura para a flor... Eu..." Eu não sabia o que dizer.
Sentia-me desajeitado. Não sabia como atingi-lo, onde encontrá-lo...
É tão misterioso, o país das lágrimas !
02 maio, 2020
O Pequeno Príncipe - VI (Antoine de Saint-Exupéry)
VI
Assim eu comecei a compreender, pouco a pouco, meu pequeno principezinho, atua vidinha melancólica. Muito tempo não tiveste outra distração que a doçura do pôr-do-sol.
Aprendi esse novo detalhe quando me disseste, na manhã do quarto dia:
- Gosto muito de pôr-do-sol. Vamos ver um ...
- Mas é preciso esperar.
- Esperar o quê?
- Esperar que o sol se ponha.
Tu fizeste um ar de surpresa, e, logo depois, riste de ti mesmo. Disseste-me:
Eu imagino sempre estar em casa!
De fato. Quando é meio-dia nos Estados Unidos, o sol, todo mundo sabe, está se
deitando na França. Bastaria ir à França num minuto para assistir ao pôr-do-sol.
Infelizmente, a França é longe demais. Mas no teu pequeno planeta, bastava apenas
recuar um pouco a cadeira. E contemplavas o crepúsculo todas as vezes que desejavas. . .
Um dia eu vi o sol se pôr quarenta e três vezes!
E um pouco mais tarde acrescentaste:
Quando a gente está triste demais, gosta do pôr-do-sol ...
- Estavas tão triste assim no dia dos quarenta e três?
Mas o principezinho não respondeu.
01 maio, 2020
O Pequeno Príncipe - V (Antoine de Saint-Exupéry)
V
Dia a dia eu ficava sabendo mais alguma coisa do Planeta, da partida, da viagem.Mas isso devagarinho, ao acaso das reflexões. Foi assim que vim a conhecer, no terceiro
dia, o drama dos baobás.
Dessa vez ainda, foi graças ao carneiro. Pois bruscamente o principezinho me
interrogou, tomado de grave dúvida:
É verdade que os carneiros comem arbustos?
Sim. É verdade.
Ah! Que bom!
Não compreendi logo porque era tão importante que os carneiros comessem
arbustos. Mas o principezinho acrescentou:
- Por conseguinte eles comem também os baobás?
Fiz notar ao principezinho que os baobás não são arbustos, mas árvores grandes
como igrejas. E que mesmo que ele levasse consigo todo um rebanho de elefantes, eles
não chegariam a dar cabo de um único baobá.
A idéia de um rebanho de elefantes fez rir ao principezinho:
- Seria preciso votar um por cima do outro ...
- Os baobás, antes de crescer, são pequenos.
- É fato ! Mas por que desejas tu que os carneiros comam os baobás pequenos?
- Por que haveria de ser? respondeu-me, como se se tratasse de uma evidência. E
foi-me preciso um grande esforço de inteligência para compreender sozinho esse
problema.
Com efeito, no planeta do principezinho havia, como em todos os outros planetas,
ervas boas e más. Por conseguinte, sementes boas, de ervas boas; sementes más, de ervas
más. Mas as sementes são invisíveis. Elas dormem no segredo da terra até que uma cisme
de despertar. Então ela espreguiça, e lança timidamente para o sol um inofensivo galinho.
Se é de roseira ou rabanete, podemos deixar que cresça à vontade. Mas quando se trata de
uma planta ruim, é preciso arrancar logo, mal a tenhamos conhecido.
Ora, havia sementes terríveis no planeta do principezinho: as sementes de baobá ...
O solo do planeta estava infestado. E um baobá, se a gente custa a descobri-lo, nunca
mais se livra dele. Atravanca todo o planeta. Perfura-o com suas raízes.
E se o planeta é pequeno e os baobás numerosos, o planeta acaba rachando.
"É uma questão de disciplina, me disse mais tarde o principezinho. Quando a gente
acaba a toalete da manhã, começa a fazer com cuidado a toalete do planeta. É preciso que
a gente se conforme em arrancar regularmente os baobás logo que se distinguam das
roseiras, com as quais muito se parecem quando pequenos. É um trabalho sem graça, mas
de fácil execução."
E um dia aconselhou-me a tentar um belo desenho que fizesse essas coisas
entrarem de uma vez na cabeça das crianças. "Se algum dia tiverem de viajar, explicou-me,
poderá ser útil para elas. às vezes não há inconveniente em deixar um trabalho para
mais tarde. Mas, quando se trata de baobá, é sempre uma catástrofe. Conheci um planeta
habitado por um preguiçoso. Havia deixado três arbustos. . .
E, de acordo com as indicações do principezinho, desenhei o tal planeta. Não gosto
de tomar o tom de moralista.
Mas o perigo dos baobás é tão pouco conhecido, e tão grandes os riscos daquele
que se perdesse num asteróide, que, ao menos uma vez, faço exceção à minha reserva. E
digo portanto: "Meninos! Cuidado com os baobás!" Foi para advertir meus amigos de um
perigo que há tanto tempo os ameaçava, como a mim, sem que pudéssemos suspeitar, que
tanto caprichei naquele desenho. A lição que eu dava valia a pena. Perguntarão, talvez:
Por que não há nesse livro outros desenhos tão grandiosos como o desenho dos baobás? A
resposta é simples: Tentei, mas não consegui.
Quando desenhei os baobás, estava inteiramente possuído pelo sentimento de
urgência.
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